DIFERENÇAS
De modo
geral, percebo que nós, professores, não temos formação adequada,
a não ser aquilo que buscamos saber, para dar assistência a um
aluno considerado, deficiente ou especial.
O que
observo são professores confusos e apavorados com a possibilidade de
chegar na escola e, além de atender mais de vinte e cinco alunos,
ainda ter de se preocupar e envolver com aluno de inclusão, oras,
alunos considerados “normais” nos dias de hoje já sugam as
energias do educador, imaginem ter que ainda “dobrar sua
capacidade” com dois ou mais alunos inclusivos que necessitam de
uma atenção diferenciada e especializada, contribuindo para
alimentar o mito de que o professor é indefeso e incapaz mediante a
essas situações, acabando por rotular e direcionar suas frustrações
ao aluno que, ao seu entender, deveria estar em uma escola em que
todos tenham a mesma necessidade e contenham professores específicos
para cada deficiência.
Mas a
sociedade mudou rapidamente nos últimos anos, mudaram valores,
conceitos de família, de educação, a escola ficou mais
comprometida que a própria família, absorvendo a todos sem
distinção, isso assegurada por lei, como cotas em outras áreas,
pressupondo uma igualidade inexistente e conveniente visto que, a
obrigatoriedade de assistência educacional não proporciona
ambientes preparados para educar como estrutura e especialização,
mesmo porque, nós professores somos leigos, e nunca vai acontecer de
saber por antecedência qual a situação do aluno ( diagnóstico ),
ao ser inserido no ambiente escolar.
Utilizando-me
desta justificativa concluo que todo o professor que recebe um aluno
especial, seja qualquer diagnóstico, laudado ou não, o faz com a
melhor das intenções, o amor a sua profissão, pois é isso que
move e encaminha fazendo com que esse aluno faça parte da sociedade
através da escola, desde os primeiros anos, colocando-os em harmonia
com o grupo ao qual pertencem, respeitando suas limitações
juntamente aos demais, para que esteja preparado para total
integralidade na sociedade.
A Educação
Infantil tem a função de fazer com que o aluno participe plenamente
enquanto este ali estiver preparando-o e estruturando-o para a
continuação, que se dará na escola regular.
“ O
verdadeiro deficiente é aquele que tem a capacidade de deixar
rótulos. Se o mundo fosse adequado para as pessoas com deficiência,
teríamos cidadãos evoluídos, não seria problema, e sim, solução,
porém, não vivemos um sonho, vivemos uma realidade utópica.”
Maria Soloí
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