segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

DIFERENÇAS





De modo geral, percebo que nós, professores, não temos formação adequada, a não ser aquilo que buscamos saber, para dar assistência a um aluno considerado, deficiente ou especial.
O que observo são professores confusos e apavorados com a possibilidade de chegar na escola e, além de atender mais de vinte e cinco alunos, ainda ter de se preocupar e envolver com aluno de inclusão, oras, alunos considerados “normais” nos dias de hoje já sugam as energias do educador, imaginem ter que ainda “dobrar sua capacidade” com dois ou mais alunos inclusivos que necessitam de uma atenção diferenciada e especializada, contribuindo para alimentar o mito de que o professor é indefeso e incapaz mediante a essas situações, acabando por rotular e direcionar suas frustrações ao aluno que, ao seu entender, deveria estar em uma escola em que todos tenham a mesma necessidade e contenham professores específicos para cada deficiência.
Mas a sociedade mudou rapidamente nos últimos anos, mudaram valores, conceitos de família, de educação, a escola ficou mais comprometida que a própria família, absorvendo a todos sem distinção, isso assegurada por lei, como cotas em outras áreas, pressupondo uma igualidade inexistente e conveniente visto que, a obrigatoriedade de assistência educacional não proporciona ambientes preparados para educar como estrutura e especialização, mesmo porque, nós professores somos leigos, e nunca vai acontecer de saber por antecedência qual a situação do aluno ( diagnóstico ), ao ser inserido no ambiente escolar.
Utilizando-me desta justificativa concluo que todo o professor que recebe um aluno especial, seja qualquer diagnóstico, laudado ou não, o faz com a melhor das intenções, o amor a sua profissão, pois é isso que move e encaminha fazendo com que esse aluno faça parte da sociedade através da escola, desde os primeiros anos, colocando-os em harmonia com o grupo ao qual pertencem, respeitando suas limitações juntamente aos demais, para que esteja preparado para total integralidade na sociedade.
A Educação Infantil tem a função de fazer com que o aluno participe plenamente enquanto este ali estiver preparando-o e estruturando-o para a continuação, que se dará na escola regular.

“ O verdadeiro deficiente é aquele que tem a capacidade de deixar rótulos. Se o mundo fosse adequado para as pessoas com deficiência, teríamos cidadãos evoluídos, não seria problema, e sim, solução, porém, não vivemos um sonho, vivemos uma realidade utópica.”



Maria Soloí

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