EJA X FREIRE
A
alfabetização no método Freire não é simplesmente uma habilidade
técnica, mas deve ser compreendida como um projeto político no
qual, homens e mulheres possa garantir o seu direito e a sua
responsabilidade não apenas de ler, compreender e transformar suas
experiências pessoais, mas também, de reconstruir sua relação com
a sociedade. Neste sentido, a alfabetização na EJA é fundamental
para dar condições que todos possam se posicionar na sociedade e
realmente sentir-se parte de um plano mais amplo de possibilidades,
de caráter individual e social.
Para
os indivíduos não alfabetizados, as barreiras são enormes, pois os
detentores do poder constroem obstáculos que dificultam, impedem ou
limitam a participação ou as trocas ideológicas entre os sujeitos
envolvidos nesse processo. Provavelmente por isso estamos observando
movimentos que buscam diminuir ou até mesmo extinguir cursos como a
EJA.
Nos
trabalhos de Freire muitas analogias foram usadas para explanar
situações da educação brasileira em uma época em que o pensar
diferente ou o ousar em buscar um pensamento crítico e analítico
tornava esse individuo como um ser antagônico ao poder vigente na
época. Freire considerava: educação bancaria educação
libertadora, pedagogia do oprimido como uma educação que
possibilitassem que os muros da indignidade ou ignorância não
fossem construídos.
Fonte
de referência:
GIROUX,
Henry.Alfabetização e a Pedagoia do Empowremente Político. In:
FREIRE, Paulo e MACEDO, Donaldo. Alfabetização:Leitura da
palavra, leitura do mundo.
Maria Soloí
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