sexta-feira, 28 de dezembro de 2018




                                         Ver e olhar

 A minha escolha do semestre que iniciou em 2016, foi o sentido do ver e olhar, que ainda são desafiadores em nosso dia a dia.

Tudo o que enfrentamos nesse período ainda estão presentes em cada dia trabalhado, realidade que ainda faz parte do cotidiano.

O olhar mudou, aprofundou, dando oportunidade de vivenciar novas experiências. A descoberta de novas maneiras de ver pelo olhar da criança e aprendendo junto.

O ver e olhar nos remete a uma posição privilegiada enquanto educadores, pois somos mediadores do aprendizado e evolução dos pequenos.

(https://soloicassol.blogspot.com/2016/)

domingo, 21 de outubro de 2018




                2015/2



      Nesse semestre começamos a preparação do primeiro workshop, o que ainda, diga-se de passagem, é desesperador. 
Acolhemos as novas colegas agregadas nesse período e trabalhamos sobre as escolas, inversão de valores, papéis e transferência de responsabilidades e valores. 
Realizamos uma produção textual em grupo com o tema terror, o qual em nossa criação, o professor Rafael foi o protagonista, 
Nas aprendizagens destaco o conhecimento sobre a dislexia, a erotização da criança, até então passada despercebida e o vídeo clipe sobre a escola repressiva em meados de 1979, que nos remeteu a essa fase vivenciada por quase todos por serem como eu, de 1968 em diante ou até antes.
 Destaco a postagem de onze de outubro de 2015 onde diz:
 "No final, tudo é um tijolo no muro", ( Pink Floyd )
(https://soloicassol.blogspot.com/2015/)



   Bom dia.

Postagem referente ao primeiro semestre 2015/1

Visitando o Blog nesse período, destaco a empolgação ante ao desafio de frequentar a Universidade e a empolgação diante de novos horizontes que estavam se abrindo no meu aprendizado e qualificação.

Nessa etapa ainda não estava acostumada com as novidades e as tecnologias, até o momento ainda me perco em relação a isso, mas os textos construídos eram de modo geral na minha visão, mais reflexivos.
Trabalhava na época com o quinto ano do Ensino Fundamental, e verificando as postagens relembro Zabala, reflexão feita sobre os desafios nessa fase do ensino fundamental, assim fiz um resgate de uma frase da minha reflexão que me chamou atenção e faz parte do meu cotidiano docente até hoje, mesmo não estando mais atuando no Ensino Fundamental. 

" Cada professor pode estabelecer métodos de aprendizado visando a capacidade e autonomia de forma criativa garantindo a qualidade no desempenho do aluno". (https://soloicassol.blogspot.com/2015/)

A educação é um desafio constante. Somente o amor pela vocação fará a diferença.
Maria Soloí.

domingo, 7 de outubro de 2018






            Olá,

esta semana iniciarei o estágio, é tanta a empolgação que nem percebi que fiz plano de aula para o feriado, tenho consciência que ainda faltam em alguns pontos aprimorar para que seja um trabalho de qualidade, mas acredito que com a ajuda de nossa orientadora e tutora ficarão mais empolgantes.
Por hora desejo a todas uma excelente semana e um ótimo início de estágio.
Maria Soloí.

terça-feira, 25 de setembro de 2018




            Olá;
estamos entrando em uma nova fase do curso, de extrema importância, onde colocaremos em prática nosso aprendizado.
            O estágio está bastante assustador, pois mesmo sendo da área, ainda não adquirimos sapiência total, mesmo porque, ser professor é e sempre será um eterno aprendizado.
           

             Bom estágio para nós.

Maria Soloí.

quarta-feira, 6 de junho de 2018



 

     A avaliação deve orientar a aprendizagem



Durante muito tempo, a avaliação foi usada como instrumento para classificar e rotular os alunos entre os bons, os que dão trabalho e os que não têm jeito. A prova bimestral, por exemplo, servia como uma ameaça à turma. Felizmente, esse modelo ficou ultrapassado e, atualmente, a avaliação é vista como uma das mais importantes ferramentas à disposição dos professores para alcançar o principal objetivo da escola: fazer todos os estudantes avançarem. Ou seja, o importante hoje é encontrar caminhos para medir a qualidade do aprendizado da garotada e oferecer alternativas para uma evolução mais segura. 



novaescola.org.br/conteudo/356/a-avaliacao-deve-orientar-a-aprendizagem)




  Para futuras consultas


Diferenças teóricas entre Piaget e Vygotsky
Comparando a teoria de Piaget e a de Vygotsky, poderemos notar as diferenças existentes entre elas.
Entre estas diferenças podemos destacar que a teoria de Piaget é construtivista, com ênfase no papel estruturante do sujeito, e também que Piaget reformou em bases funcionais as questões sobre pensamentos e linguagem. Por ser ao mesmo tempo pensador e cientista experimental, a Piaget interessava uma visão transformadora da epistemologia.
Apesar de a teoria de Vygotsky também apresentar um aspecto construtivista , seria na medida em que busca explicar o aparecimento de inovações e mudanças no desenvolvimento a partir do mecanismo de internalização.
Por outro lado, Vygotsky enfatiza o aspecto interacionista, pois considera que é no plano intersubjetivo, isto é, na troca entre as pessoas, que tem origem as funções mentais superiores, que são mecanismos psicológicos complexos, que envolvem controle consciente de comportamento, ação intencional e liberdade do individuo em relação às características do presente momento.
A teoria de Piaget também apresenta a dimensão interacionista, mas sua ênfase é colocada na interação do sujeito com o objeto físico, onde a criança observando este objeto ela vai aprender a afirmar unicamente o que ela percebe, a distinguir o que é real do que é produto da imaginação e conseqüência da afetividade, que influencia seu juízo; e, além disso, não está clara em sua teoria a função da interação social no processo de conhecimento.
Para Piaget, a criança se apodera de um conhecimento se “agir” sobre ele, pois aprender é modificar, descobrir, inventar.
Para Vygotsky, a aprendizagem sempre inclui relações entre as pessoas. A relação do individuo com o mundo está sempre mediado pelo outro. Este processo de mediação ou melhor dizendo os mediadores sempre vai estar entre o homem e o mundo real, estes mediadores são : Instrumentos e Signos.
Os estudos de Vygotsky sobre a aquisição de linguagem como fator histórico e social enfatizam a importância da interação e da informação lingüística para a construção do conhecimento. O centro do trabalho passa a ser, então, o uso e a funcionalidade da linguagem, o discurso e as condições de produção.
Já para Piaget o desenvolvimento cognitivo se dá pela assimilação do objeto de conhecimento a estruturas anteriores presentes no sujeito e pela acomodação dessas estruturas em função do que vai ser assimilado. A adaptação – que envolve a assimilação e a acomodação numa relação indissociável – é o mecanismo que permite ao homem não só transformar os elementos assimilados, tornando-os parte da estrutura do organismo, como possibilitar o ajuste e a acomodação deste organismo aos elementos incorporados. Quando o campo afetivo está afetado a adaptação não acontece, à criança assimila, pode até acomodar, mas a adaptação vai estar cortada.
Outro fator desenvolvido na teoria de Piaget é a maturação, onde acreditava-se que o desenvolvimento estivesse predeterminado e, o seu afloramento, vinculado apenas a uma questão de tempo.
Por sua vez Vygotsky criticou severamente este fator, pois acreditava que o desenvolvimento tinha sua origem nas capacidades humanas.
Outra divergência que notamos claramente é a respeito da fala egocêntrica. Enquanto que para Piaget é uma transição entre estados mentais individuais não verbais, de um lado, e o discurso socializado e o pensamento lógico de outro. Para Vygotsky está claramente associada ao pensamento e indica que a trajetória da criança vai dos processos socializados para os processos internos.
Desta forma, podemos dizer que para Vygotsky, o desenvolvimento é um processo que se da de fora para dentro, já para Piaget, o desenvolvimento se da de dentro para fora.
(tps://pedagogiaaopedaletra.com/comparando-teoria-piaget-vygotsky/)


Para futuras consultas

ean Piaget
Piaget estuda paralelamente o desenvolvimento cognitivo, o julgamento moral e a linguagem e consegue perceber a relação entre as estruturas cognitivas e o desenvolvimento social.
Nos estágios do desenvolvimento psíquico, Piaget distinguiu aspectos diferenciados, aos quais relacionamos: as funções de conhecimento, que são responsáveis pelo conhecimento que se tem do mundo e que incluem o pensamento; as funções de representação, que incluem todas as funções graças as quais representamos um significado qualquer, usando um significante determinado; e as funções afetivas, que constituem para Piaget, o motor do desenvolvimento cognitivo.
O desenvolvimento dessas funções, segundo Piaget , é marcado por períodos que preparam o individuo para o estágio seguinte.
Os estágios do desenvolvimento cognitivo são:
  • Estágio Sensório-Motor: que representa a conquista do universo pratico, através da percepção e dos movimentos.
  • Estágio Pré-Operatório: que é uma preparação e organização das operações concretas; a criança volta-se para a realidade e surge o aparecimento da linguagem.
  • Estágio Operatório: as ações são interiorizadas e se constituem operações, o que construía no plano da ação, agora consegue reconstruir no campo da representação, é neste estádio que a criança é capaz de cooperar.
  • Estágio de Operações Formais: que distingue entre o real e o possível.

Lev Semenovich Vygotsky
Para Vygotsky, a aprendizagem sempre inclui relações entre as pessoas.
Segundo a tradição marxista, Vygotsky considera que as mudanças que ocorrem em cada um de nós tem sua raiz na sociedade e na cultura.
A relação do individuo com o mundo está sempre mediado pelo outro.Para fazer a mediação, o homem também se utiliza de instrumentos, como por exemplo o machado para o lenhador.
No campo psicológico, o homem também se utiliza de instrumentos, só que agora chamados de “signos” que por sua vez também são por Vygotsky chamados de “instrumentos psicológicos”.
O signo é uma marca externa que auxilia o homem em tarefas que exigem memória ou atenção. Ex: fazer uma lista de compras por escrito.
Com o tempo, a utilização de marcas externas vai dar lugar a processos internos de mediação, chamados de processo de internalização.
As possibilidades de operação mental não constituem uma relação direta com o mundo real fisicamente presente; a relação é mediada pelos signos internalizados que representam os elementos do mundo, libertando o homem da necessidade de interação concreta com os objetos de seu pensamento.
Um dos instrumentos básicos que temos é a linguagem, onde Vygotsky trabalha com duas funções básicas: intercâmbio social- criação e utilização de sistemas de linguagem : que o homem utiliza para se comunicar com os seus semelhantes; e o pensamento generalizante, onde a linguagem ordena o real, agrupando todas as ocorrências de uma mesma classe de objetos, sob uma mesma categoria conceitual.
Antes de o pensamento e a linguagem se associarem, existe, uma fase pré-verbal e uma fase pré-intelectual. Após, os processos de desenvolvimento do pensamento e da linguagem se unem, surgindo assim o pensamento verbal e a linguagem intelectual. Podemos ainda dizer que é no significado da palavra que o pensamento e a fala se unem em pensamento verbal, mas não podemos nos esquecer que os significados continuam a ser transformados durante todo o desenvolvimento do individuo.
Deste modo é a função generalizante da linguagem que a torna um instrumento do pensamento.
A partir das concepções descritas acima, Vygotsky construiu o conceito de zona de desenvolvimento proximal, que é a distancia entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas pela criança, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado pela solução de problemas sob a orientação de um adulto, ou em colaboração com companheiros.
Concluímos assim dizendo, que para Vygotsky, as relações entre aprendizagem e desenvolvimento são indissociáveis.
( pedagogiaaopedaletra.com/comparando-teoria-piaget-vygotsky/)

segunda-feira, 4 de junho de 2018





 

O homem como ser pensante

Desde seu aparecimento sobre a terra o homem desenvolve uma relação diária e constante com a natureza e com os outros homens.Sendo a única espécie capaz de desenvolver formas de raciocínio lógico, sente a necessidade de conhecer e compreender o mundo em que vive. Em contextos culturais mais primitivos essa relação aparece de forma mais simples, através de uma percepção meramente sensorial ou empírica, por isso bastante dependente do meio ambiente. Nesse estágio, o homem procura respostas ás suas indagações (perguntas) através de magias, mitos e totemismos , que são expressões de seu esforço para compreensão do mundo.
É nesse sentido que o homem passa desenvolver cultura ,criando objetos para satisfazer suas necessidades materiais e físicas , e desenvolvendo idéias , satisfazendo dessa forma suas necessidades intelectuais enquanto ser pensante.
''Toda cultura tem sua forma de explicar a realidade. O que varia é a forma de apreensão dessa realidade , e isso depende das possibilidades de o homem , em uma dada sociedade , com determinadas condições de vida , tomar consciência de si mesmo ,de tudo que o cerca e de sua historicidade.'' Assim, o mito deve ser visto como uma explicação do mundo ,fruto de uma apreensão sensorial e empírica , que incorpora todos os fenômenos , materiais e espirituais , de uma forma transcendental ,heróica , divina e mágica .
(http://historyconceito.blogspot.com/2012/11/o-homem-como-ser-pensante.html)




Comunicar-se é importante, ou melhor, fundamental. Por não se comunicarem, as pessoas hoje estão mais individualistas, pensando só em si mesmo, sem sequer trocar duas palavras com o ser que está a seu lado, e não vamos culpar as tecnologias, porque estão em nossa vida para facilitá-la e não complicar, e mesmo assim, as pessoas não se organizam de forma que suas relações sejam preservadas. Hoje crianças não brincam mais, não há interação entre pais e filhos, aquela troca de atividades e atenção, está inteiramente digitalizada. uma pena.

Fica a dica.

Maria Soloí




        EJA X FREIRE


A alfabetização no método Freire não é simplesmente uma habilidade técnica, mas deve ser compreendida como um projeto político no qual, homens e mulheres possa garantir o seu direito e a sua responsabilidade não apenas de ler, compreender e transformar suas experiências pessoais, mas também, de reconstruir sua relação com a sociedade. Neste sentido, a alfabetização na EJA é fundamental para dar condições que todos possam se posicionar na sociedade e realmente sentir-se parte de um plano mais amplo de possibilidades, de caráter individual e social.
Para os indivíduos não alfabetizados, as barreiras são enormes, pois os detentores do poder constroem obstáculos que dificultam, impedem ou limitam a participação ou as trocas ideológicas entre os sujeitos envolvidos nesse processo. Provavelmente por isso estamos observando movimentos que buscam diminuir ou até mesmo extinguir cursos como a EJA.
Nos trabalhos de Freire muitas analogias foram usadas para explanar situações da educação brasileira em uma época em que o pensar diferente ou o ousar em buscar um pensamento crítico e analítico tornava esse individuo como um ser antagônico ao poder vigente na época. Freire considerava: educação bancaria educação libertadora, pedagogia do oprimido como uma educação que possibilitassem que os muros da indignidade ou ignorância não fossem construídos.
Fonte de referência:
GIROUX, Henry.Alfabetização e a Pedagoia do Empowremente Político. In: FREIRE, Paulo e MACEDO, Donaldo. Alfabetização:Leitura da palavra, leitura do mundo.
Maria Soloí




        O papel da EJA





A EJA tem o papel de reestruturar os alunos para a interação social contribuindo para que esse retorno esteja mais estruturado para o seu encaminhamento a cidadania envolvendo-o em atividades pertinentes a sua própria vivência, confronto de culturas compreensão e convívio social para constituir o seu retorno as atividades em igualdade aos demais. O aluno de EJA geralmente são alunos com baixa auto - estima, que entram no mundo do trabalho cedo, fracasso escolar, inseguro, que buscam nessa modalidade de ensino o seu retorno a condição de melhoria social.
Os alunos que se deparam com os desafios da Eja buscam diferentes perspectivas como por exemplo, escola como um espaço de socialização , integração e construção do conhecimento. O retorno desses alunos é basicamente um resgate de tudo o que perderam de viver ou por esse ou aquele motivo, familiar ou social de terem uma nova oportunidade.

Maria Soloí







           Linguagem
A comunicação é uma interação entre duas pessoas que buscam trocar informação entre si. A comunicação é parte essencial da capacidade do homem como ser social. está em tudo o que nos cerca, seja sonora, visual, auditiva, por meios de gestos, olhares, etc havendo um remetente, um destinatário e uma mensagem, há comunicação.

Maria Soloí



   Linguagem

O material Didático era utilizadona época de Comênio da mesma forma que hoje, a criança recebe o material para que, através da memorização desenho + significado, além do alfabeto, lembrando a didática aplicada por dois importantes homens na educação, Piaget e Vigotsky, que nos lembram que são muto parecidas as didáticas e que o realismo do ensino aprendizagem deve começar a partir dos sentidos, da percepção e da experiência, não a partir de teorias abstratas.
Ideia Pedagógicas de Comênio:
. Educação para todos, homens e mulheres, de todas as classes sociais de forma igual;
. Respeito a capacidade de compreensão do aluno;
. Progressão do fácil para o difícil;
. Motiva os alunos e incentivar, incentivar a ensinarem os colegas;
. Utilizar formas de socialização e interação através de conversa, brincadeira e música;
Considerar o aluno, suas necessidades e suas capacidades.

Maria Soloí


domingo, 15 de abril de 2018







      O que penso enquanto educadora :

Nos dias atuais, com todas as tecnologias avançadas que dispomos, as escolas continuam numa era arcaica, estagnada, onde professor fala, aluno escuta, onde continuam enfileirados um atrás do outro ouvindo, assimilando algo que vai além das disposições tecnológicas e dos  porquês.
Porque temos uma escola sucateada, sem estrutura física e de condição própria para que o educando realize seu aprendizado com qualidade;
Porque os professores são agredidos moral, filosófica e fisicamente, colocando anos de aprendizado e experiência a contestação todos os dias ao se fazer grande, feroz e habilidoso na arte de ensinar sem o menor recurso.
Porque a família e a comunidade, que deveria contribuir na educação de seus descendentes fogem as responsabilidades mínimas que são de ensinar valores básicos de convivência, e ainda transferem as responsabilidades as instituições de ensino.
Como seria melhor se tudo fosse diferente, se a educação fosse problema de todos, ah, como seria...
só que não é.

Maria Soloí 





         Bom dia
Trabalhando na Interdisciplina EJA, fiz questão de salvar por aqui a importância desse recurso para futuras consultas,
O acesso à Educação é fundamental para que todos possam intervir de modo consciente na esfera pública, participar plenamente da vida cultural e contribuir com seu trabalho para a satisfação das necessidades básicas e a melhoria das condições de vida da sociedade. Entretanto, em pleno século 21, o Brasil ainda possui um enorme contingente de cidadãos privados do mais elementar direito à Educação. O Censo Demográfico de 2010 contabilizou 13,9 milhões de jovens e adultos com idade superior a 15 anos que declararam não saber ler ou escrever. Esse mesmo levantamento indicou que 54,4 milhões de pessoas com 25 anos ou mais tinham escolaridade inferior ao Ensino Fundamental e outras 16,2 milhões haviam concluído o Ensino Fundamental, porém não o Ensino Médio.

Ao longo das últimas décadas, o Brasil consolidou uma consciência social do direito à Educação na infância, mas ainda não construiu uma cultura do direito à Educação ao longo de toda a vida. Assim, não é incomum que pais com baixa escolaridade lutem para que os filhos tenham acesso a um ensino de qualidade, sem reivindicar para si mesmos o direito que tiveram violado. Tampouco é raro que pessoas com escolaridade elevada permaneçam alheias ao fato de que estão cercadas por adultos que a pobreza e o trabalho precoce afastaram da escola, ou que têm precário manejo da leitura, da escrita e do cálculo matemático.
Empregados domésticos e trabalhadores da agricultura, da construção civil, da segurança e outras funções que requerem pouca qualificação compõem esse imenso contingente que enfrentam toda sorte de preconceitos e dificuldades para prover sua subsistência, educar os filhos e participar de modo mais efetivo na sociedade letrada (Galvão e Di Pierro, 2013).
O direito à Educação e as políticas públicas

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é a modalidade de ensino destinada a garantir os direitos educativos dessa numerosa população com 15 anos ou mais que não teve acesso ou interrompeu estudos antes de concluir a Educação Básica. Conforme assinala Oliveira (1999), a modalidade não é definida propriamente pelo recorte etário ou geracional, e sim pela condição de exclusão socioeconômica, cultural e educacional da parcela da população que constitui seu público-alvo.

As necessidades e condições de aprendizagem singulares desses jovens e adultos são reconhecidas pela legislação, que prevê a oferta regular de ensino noturno, a contextualização do currículo e das metodologias, e uma organização flexível, observado o princípio da aceleração de estudos e a possibilidade de certificação por meio de exames. A Constituição de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996 previram, inicialmente, o direito dos jovens e adultos ao Ensino Fundamental, obrigando sua oferta regular pelos poderes públicos. E a Emenda Constitucional nº 59 de 2009 ampliou esse direito ao Ensino Médio.

No Brasil, assim como em outros países da América Latina, a EJA cumpre as funções de integrar migrantes rurais na sociedade urbana letrada e de elevar o nível educativo da população adulta ao patamar das novas gerações, mas serve também como canal de aceleração de estudos para adolescentes que a reprovação colocou em defasagem e de reinserção de jovens alijados do sistema.

Para que os estados e municípios tivessem condições de atender às obrigações decorrentes da legislação, as políticas públicas incluíram as matrículas da EJA nos cálculos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e nos programas de descentralização de recursos para as escolas, bem como nas ações de provisão pública e gratuita de merenda, transporte, material escolar e livros didáticos. Na última década, o governo federal manteve a prática iniciada no pós-guerra de financiar uma campanha nacional de alfabetização de jovens e adultos, e criou outras iniciativas voltadas para a qualificação dos trabalhadores, como o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja) e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). A União apoia os estados na formulação dos respectivos planos de Educação nas prisões, e oferece aos governos subnacionais a possibilidade de aderirem ao Exame Nacional de Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja). Desde 2009, é possível também às pessoas com mais de 18 anos de idade realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para obter a certificação dessa etapa. Em 2013, 784.830 candidatos solicitaram a certificação, mas só 60.320 - ou seja, menos de 10% - alcançaram os resultados necessários.

A oferta de oportunidades de estudo e elevação de escolaridade para jovens e adultos, entretanto, é reduzida e as matrículas vêm diminuindo ao longo da última década. Em 2004, a modalidade alcançava 5,7 milhões de pessoas. Em 2013, o contingente caiu para cerca de 3,7 milhões. Como explicar que a oferta escolar esteja em declínio se existem milhões de pessoas com baixa escolaridade? É possível imaginar que não exista demanda social por EJA se o mercado de trabalho requer níveis cada vez mais altos de qualificação?

Os analistas ainda procuram explicar as razões desse inesperado recuo nas matrículas. Os cientistas sociais são inclinados a considerar primeiramente os contextos dos educandos, ponderando que a marginalização e a ausência de horizontes de mudança social que afetam populações em situação de pobreza extrema influem na falta de motivação e nas dificuldades que enfrentam para se inserir em processos de escolarização. Recomendam, portanto, que as políticas de EJA integrem estratégias intersetoriais de desenvolvimento comunitário que articulem a formação geral e a preparação para o trabalho, a criação de oportunidades de geração de renda e a inclusão digital entre outras medidas.

Já os pesquisadores da Educação são obrigados a considerar também os fatores internos ao sistema educativo, como as políticas de atendimento, a acessibilidade e a organização dos cursos e a qualidade e a relevância do ensino que tem sido oferecido para os jovens e adultos. Estudiosos do financiamento da Educação argumentam que o fator de ponderação da EJA nos cálculos do Fundeb é muito baixo - apenas 80% do valor de referência atribuído às séries iniciais do Ensino Fundamental regular urbano. Isso desestimula os gestores estaduais e municipais a investir na modalidade, já que os custos de manutenção das turmas de EJA não são menores que os das demais classes. Outros analistas afirmam que os elevados índices de abandono na EJA colaboram para tornar a modalidade desprestigiada entre os dirigentes escolares, especialmente em contextos nos quais os indicadores de fluxo e rendimento repercutem na avaliação das unidades de ensino e influenciam a remuneração e a progressão na carreira docente. A explicação mais difundida até o momento, porém, é a de que existe um fosso separando as necessidades de aprendizagem dos jovens e adultos trabalhadores e as características dos cursos nas escolas públicas.

Em outras palavras, os jovens e adultos das camadas populares não acorrem com mais frequência às aulas porque a busca dos meios de subsistência absorve todo seu tempo, seus arranjos de vida não se harmonizam com a frequência contínua da escola e os conteúdos veiculados são pouco relevantes para pessoas cuja vida está preenchida por múltiplas exigências.

Os desafios colocados para a garantia do direito dos jovens e adultos à Educação são complexos, mas muitos podem e devem ser enfrentados pelas equipes escolares, sob a liderança da direção e da coordenação pedagógica, a começar pela convocação da comunidade para a mobilização da demanda pela EJA, a formação dos educadores para a criação de um ambiente acolhedor da diversidade e a flexibilização dos modelos de atendimento.
Uma modalidade em busca de identidade

As normas vigentes admitem uma diversidade de formas de organização da EJA, compreendendo cursos presenciais, semipresenciais ou à distância, com avaliação no processo de ensino e aprendizagem ou em exames públicos de certificação de competências. De acordo com o artigo 23 da LDB, os cursos de EJA podem ser organizados em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, módulos, grupos não seriados, em regime de alternância etc..

Em algumas regiões metropolitanas, existem centros especialmente destinados aos jovens e adultos que adotam formas de organização do ensino flexíveis e inovadoras (Haddad et al, 2007), porém a oferta pública de EJA quase sempre é realizada em período noturno e nas mesmas escolas - e com os mesmos professores - que atendem em período diurno crianças e adolescentes. Como a maioria das licenciaturas não prepara para atuar com jovens e adultos, os professores tendem a reproduzir nessas turmas os métodos e conteúdos curriculares do ensino das crianças, até que o acúmulo de experiência e o trabalho coletivo lhes permita construir novos saberes da docência (Pereira e Fonseca, 2001; Ribeiro, 1999). A rotatividade dos professores, que na maior parte dos casos apenas completa suas jornadas de trabalho na EJA, entretanto, torna os esforços de formação em serviço pouco efetivos. O coordenador desempenha um papel estratégico para o enfrentamento desse quadro, pois cabe a ele promover a formação continuada da equipe e incentivar o estudo, as práticas de registro, a análise crítica e o intercâmbio de experiências.

Quando procuramos pela identidade pedagógica dos cursos de EJA, na maior parte dos casos, nos deparamos com algo muito assemelhado ao antigo Ensino Supletivo: cursos acelerados voltados à reposição dos mesmos conteúdos escolares veiculados no ensino infantojuvenil. O currículo tende a ser pouco significativo e desconectado das necessidades de aprendizagem dos jovens e adultos. Além do risco de infantilização dos estudantes, essa abordagem compensatória ignora a riqueza de saberes das pessoas jovens e adultas, tendendo a vê-las como indivíduos aos quais faltam conhecimentos.

A questão que se coloca, então, é como tornar o ensino básico para os jovens e adultos mais relevante e atrativo, de modo a reverter a baixa procura, os elevados índices de abandono e o desprestígio da modalidade.

Pistas para uma EJA mais relevante

Compromisso, entusiasmo e competência são ingredientes necessários às equipes pedagógicas em qualquer modalidade do ensino, mas o impacto de sua atuação depende em grande medida das condições em que realizam o trabalho educativo. Instalações físicas e financiamento adequados, valorização dos profissionais e assistência aos estudantes com alimentação, transporte e material são pré-requisitos para uma EJA mais relevante. Apesar de óbvias, essas condições merecem atenção, tendo em vista a precariedade de alguns serviços educativos.

Registros de escolas inovadoras apontam que a superação dos impasses já mencionados passa pela experimentação de formas de organização mais flexíveis e de qualidade, que rompam com o paradigma compensatório que inspirou o Ensino Supletivo, articuladas com outras políticas sociais e de desenvolvimento.

Experiências desse tipo podem ser encontradas nos movimentos por Educação e cultura popular que, inspirados no pensamento de Paulo Freire (1921-1997), marcaram a história brasileira na segunda metade do século 20, e também em práticas contemporâneas conduzidas por governos, movimentos, universidades e organizações sociais (Di Pierro et al, 2008; Haddad et al, 2007; Luiz, 2013; Melo et al, 2011; Soares, 2011).

A primeira característica comum a essas iniciativas é o reconhecimento, o acolhimento e a valorização da diversidade dos educandos da EJA, pois antes de serem alunos, esses jovens e adultos são portadores de identidades de classe, gênero, raça e geração. Suas trajetórias de vida são marcadas pela região de origem, pela vivência rural ou urbana, pela migração, pelo trabalho, pela família, pela religião e, em alguns casos, pela condição de portadores de necessidades especiais.

Uma das consequências do reconhecimento da diversidade dos educandos é a admissão da heterogeneidade de suas necessidades de aprendizagem, motivações e condições de estudo, o que implica a estruturação de formas de atendimento diversificadas e flexíveis, capazes de acolher diferentes percursos e ritmos formativos. A flexibilidade na organização dos tempos e espaços de ensino e aprendizagem parece ser a chave para caracterizar as propostas pedagógicas inovadoras na EJA, ao lado da criteriosa seleção de conteúdos curriculares conectados ao universo sociocultural dos estudantes, com apoio de recursos didáticos em linguagem apropriada para essa faixa etária.

Uma virada dessa ordem só pode ser realizada por e com educadores bem formados, que tenham acumulado experiências e conhecimentos sobre a cultura e a aprendizagem das pessoas jovens e adultas das camadas populares, o que requer a superação do voluntarismo reinante e o reconhecimento da natureza especializada do trabalho docente com jovens e adultos.
Maria Clara Di Pierro Professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP)

domingo, 25 de março de 2018





 Olá,
estou tentando faz algum tempo postar no fórum o trabalho realizado na aula anterior sobre construir uma escola em outro planeta, porém estou encontrando dificuldades na transferência, amanhã tirarei minhas dúvidas com a colega e professoras.
Nossa aula foi muito produtiva, mesmo considerando uma escola em outra dimensão, considero impossível levarmos algum conhecimento, pois nossa realidade educacional é um caos total.
Também já nos iluminamos ao começar as aulas da EJA, que após uma breve pesquisa, a professora direcionou as três etapas que faremos no semestre

Maria Soloí

domingo, 18 de março de 2018



                   
                     O que é Linguagem:

Linguagem é o sistema através do qual o homem comunica suas ideias e sentimentos, seja através da fala, da escrita ou de outros signos convencionais. Linguística é o nome da ciência que se dedica ao estudo da linguagem.
Na linguagem do cotidiano, o homem faz uso da linguagem verbal e não-verbal para se comunicar. A linguagem verbal integra a fala e a escrita (diálogo, informações no rádio, televisão ou imprensa, etc.). Todos os outros recursos de comunicação como imagens, desenhos, símbolos, músicas, gestos, tom de voz, etc., fazem parte da linguagem não-verbal.
A linguagem corporal é um tipo de linguagem não-verbal, pois determinados movimentos corporais podem transmitir mensagens e intenções. Dentro dessa categoria existe a linguagem gestual, um sistema de gestos e movimentos cujo significado se fixa por convenção, e é usada na comunicação de pessoas com deficiências na fala e/ou audição.
Linguagem mista é o uso da linguagem verbal e não-verbal ao mesmo tempo. Por exemplo, uma história em quadrinhos integra, simultaneamente, imagens, símbolos e diálogos.
Dependendo do contexto social em que a linguagem é produzida, o falante pode usar a linguagem formal (produzida em situações que exigem o uso da linguagem padrão, por exemplo, salas de aula ou reuniões de trabalho) ou informal (usada quando existe intimidade entre os falantes, recorrendo a expressões coloquiais).
As linguagens artificiais (que são criadas para servirem a um fim específico, por exemplo, a lógica matemática ou a informática) também são designadas por linguagens formais. A linguagem de programação de computadores é uma linguagem formal que consiste na criação de códigos e regras específicas que processam instruções para computadores. (https://www.significados.com.br/linguagem/)




      Bom dia.


Linguagem.

A linguagem inicia-se no momento em que a criança nasce, através do choro e emitindo sons, gritos e balbúcios.
A partir da convivência e comunicação do meio familiar, através de estímulo e incentivo, irá desenvolver sua linguagem através da repetição, do ouvir, assim como imitará gestos, trejeitos, caretas, outros tipos de linguagem comum em crianças.
Falamos em grupo sobre a origem da linguagem, como temos lembrança da nossa própria e o que observamos em outras crianças, seja da família, da escola, da nossa convivência, e depois relatamos no grande grupo. Relatos como gagueira, perda da voz por determinado tempo, criança oriunda de pais surdos e outros fatos, enriqueceram a discussão, contribuindo para um ótimo trabalho.

Maria Soloí.

domingo, 11 de março de 2018






         Olá,
voltar ao Campus para mais uma etapa é um privilégio, especialmente após uma ano de completa turbulência, mas que se renova ao rever colegas, tutores e professores.
Nossa aula inaugural desse semestre foi bastante produtiva e como sempre, gerando polêmica para embasar as discussões, pois são temas que afetam diretamente nosso cotidiano nas escolas, trabalhamos em cima do vídeo " Escolas Democráticas", trabalhamos em grupo e, após a explanação,  gerou palavras chaves para a construção da nossa atividade inicial do semestre no SI VII, então vamos ao nosso reinício com força e garra, dar mais um passo rumo ao tão esperado diploma.
Bom dia,
Maria Soloí.

domingo, 25 de fevereiro de 2018








        Olá. Sobre Preconceito,
  O preconceito é real, pessoas especiais, com alguma deficiência, negros, índios, baixos, altos, magros, gordos, pessoas ditas "normais, todos, sem distinção, por A ou B, sofrem ou já sofreram algum tipo de preconceito, é algo que está dentro de nós, como ma doença perigosa e contagiosa, e precisamos urgentemente tratar. 
Existem leis que nos orientam que nos dão direitos, e cobram deveres, mas, acima de tudo, existe algo que muitos não exercitam, o respeito ao próximo, a cura real de todo e qualquer tipo de preconceito. quando as pessoas usarem desse antídoto continuamente, com certeza, teremos a extinção de todo e qualquer preconceito.

 Beijos.